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PESQUISA EM LINGUAGENS, DISCURSOS E ENSINO (2022)

  • Foto do escritor: Rosiane Xypas
    Rosiane Xypas
  • 2 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

Biografia linguageira e representações da língua francesa de escritores bilíngues: contribuição à formação de professores de Francês Língua Estrangeira


Rosiane Xypas

Constantin Xypas


INTRODUÇÃO


No âmbito da formação de futuros professores de Francês Língua Estrangeira (FLE)2 do curso de Letras-Francês (Licenciatura) da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, observamos o seguinte fenômeno: os estudantes expressam uma grande admiração pela língua francesa e demonstram muito respeito pela riqueza estilística de grandes escritores que fazem parte da história da literatura. Porém, eles acabam desmotivados porque a língua ganha status de sacralização, inatingível, sobretudo a língua escrita. Com efeito, quem poderia rivalizar com Gide, Sartre, Saint-Exupéry e outros? Desse modo, os estudantes evitam sempre que podem escrever textos de cunho literário certos de que nunca conseguirão dominar uma língua tão sutil e bela, sobretudo porque segundo eles apenas os escritores nativos realmente podem dominá-la.

Tais afirmações, não duvidamos, trazem desmotivações e bloqueios para a aprendizagem através de um envolvimento com o literário. Desmotivações que, enquanto professores, não ignoramos. Em nosso agir professoral, pareceu-nos pertinente ajudar os estudantes de Licenciatura do curso de Letras-Francês a tomar consciência de suas relações com a língua francesa, relações que são tanto complexas quanto sutis. Esperamos, desse modo, levá-los a uma tomada de consciência de suas dificuldades reais com a língua e, a partir delas, conduzi-los com confiança para que possam superá-las. Para isso, fundamentamo-nos em teorias da Psicologia Construtivista, segundo a qual a melhor maneira de ajudar aquele que aprende é fazê-lo se questionar, e para tal, consiste em uma tomada de consciência de seu modo de encarar os fatos (PIAGET, 1974). Dessa maneira, em um primeiro momento, propomos a leitura de obras de escritores de expressão francesa que aprenderam a língua na idade adulta e praticam o bilinguismo literário. Em um segundo momento, pedimos para que eles se inspirem das relações com a língua francesa advindas dos textos dos escritores estudados, a fim de que possam redigir sua autobiografia linguageira.

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