IV SINALGE (2017)
- Rosiane Xypas

- 31 de dez. de 2017
- 2 min de leitura
REAPROPRIAÇÃO DA OBRA PELO LEITOR: PELA SUBJETIVIDADE NO ENSINO DA LEITURA LITERÁRIA NO MESTRADO PROFLETRAS DA UFPE
RESUMO
A formação docente na contemporaneidade possui diversos meios, no que diz respeito à
metodologia do ensino de Literatura na sala de aula. Vale ressaltar que a didática da literatura pode contar com teorias semióticas e cognitivas auxiliadas, na maioria das vezes, pelas Tecnologias de Informação e Comunicação, as chamadas TIC’s, no ensino-aprendizagem da leitura literária. Entretanto, o característico da leitura literária é que o leitor seja modificado pela Obra, e que esta, pelo leitor. Ora, como medir estes fatos? Na escola, nem se verifica o que se modifica no leitor com a leitura da Obra, nem tampouco, o que se modifica na Obra pelo leitor. Todavia, no século XXI, na França e no Canadá, diversos pesquisadores da didática da Literatura se inquietaram e buscaram meios de favorecer um ensino da disciplina em questão que corresponda ao aluno deste século, que lhe abra horizontes para a entrada de sua subjetividade na leitura do texto literário. E apresentam-nos, esses teóricos um lugar à análise da subjetividade desse leitor modificador de Obras. Neste estudo, o objetivo geral é apresentar uma proposta de ensino da leitura literária para ser aplicada na escola visando a promover a explicitação da subjetividade do leitor na leitura do texto literário. Os objetivos específicos são verificar o que foi mudado na Obra pela leitura do leitor literário e analisar a subjetividade necessária e acidental do leitor literário. A metodologia desta pesquisa é de cunho qualitativo. A análise da subjetividade aqui proposta será feita com um trecho da Obra literária com a qual trabalhamos na sala de aula do Mestrado Profletras da Universidade Federal de Pernambuco, a saber, Como um romance de Daniel Pennac. O aporte teórico-metodológico deste estudo se baseia em teorias da literatura visando à recepção do texto literário centralizado no leitor tendo a leitura literária como retorno a si graças ao apelo do texto. Enfim, o que foi observado é que o leitor literário apresentou um lugar de destaque no trecho da obra analisada porque cada um deles precisou dar de si explicitando sua subjetividade tanto acidental que é aquela que escapa ao texto quanto à subjetividade necessária que é aquela em que tanto o texto quanto o autor calam e o leitor fala. O ensino da leitura literária dando voz ao leitor propicia mais que a compreensão do texto que poderia ficar apenas no nível cognitivo, mas implica-o ainda mais na obra modificando-a e favorecendo a modificação do leitor porque este foi considerado quando liberado sua voz interior.
Palavras-chave: Formação Docente, Leitura literária, Subjetividade.
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